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Look What You Made Me Do

Atualizado: 16 de jul.

Hoje eu estou com uma vontade imensa de escrever. E, sendo muito sincero, de escrever este post, sobre esta carta e com este título (referência à música da Taylor Swift). Eu não sei bem como me expressar, mas tentarei pôr em palavras tudo o que passa em minha cabeça e que vem me cavando de dentro para fora.


Fazia um tempo que eu já vinha sentindo vontade de fazer esse comparativo entre a minha vida recente e a carta do Sol. Continuando o conteúdo do último post, eu estou realmente em uma nova fase. Minha vida mudou, e essa energia, esse fogo interior, continua queimando e, apesar de ainda haver alguns momentos mais difíceis, eu continuo seguindo com esse calorzinho dentro de mim que me diz: "Está dando certo, falta pouco, o pior já passou. Agora é só questão de tudo ir se alocando nos seus devidos lugares. Você já venceu a guerra". E aqui a guerra é simbólica, eu comigo mesmo.

O Sol

Em janeiro, eu fiz uma mandala - retirei uma carta para cada mês, de janeiro à junho. A carta do mês de junho veio O Sol. E, como eu já me expressei anteriormente, ficou muito claro o quanto essa carta fez sentido. Afinal, foi no mês de junho que eu percebi que o foco da minha vida tinha, enfim, voltado a ser eu, que eu não mais orbitava em volta do meu ex, ou do que ele representava. O Sol tem um pouco dessa mensagem protagonista, e dessa sensação de crescimento e expansão.


Foi a partir desse mês que eu voltei a me sentir completo, que, apesar da saudade que eu sentia, não me faltava mais nada. Após o termino eu passei muito tempo tentando preencher o vazio que havia ficado dentro de mim, aquele silêncio/ausência. Comecei a ler, criei este blog, mergulhei no estudo do tarot, passei a focar na academia, tentei (sem muito sucesso) focar no meu TCC... Enfim, passei a me ocupar e a criar novas rotinas para não mais ficar ocioso. Qualquer tempo parado me fazia sentir falta. E no início os finais de semana eram os piores dias, não apenas por ficar mais ocioso, sem os afazeres da semana. Mas principalmente porque eram nos finais de semana que mais costumávamos ficar juntos. Ele vinha para a minha casa, dormíamos juntos, víamos séries... Enfim, tínhamos uma rotina.


E, após o término, durante os primeiros meses, essa rotina dos finais de semana passou a ser: ele saindo para festas e eu em casa, no início chorando e depois procurando hobbies. E eu fiz isso por tanto tempo - tentar preencher o vazio que ele havia deixado - de maneira tão desesperada, e depois comprometida, que não percebi quando finalmente tinha obtido sucesso. Essa percepção de que não mais me faltava algo, que essa saudade finalmente tinha sido preenchida com a minha presença, me veio apenas no dia em que finalmente o encontrei cara a cara, nove mezes depois do nosso término.


Apesar de ainda não entender com exatidão que mecanismo exato levou a essa virada de chave, eu vim pensando em teorias. E a terioa mais aceita me veio semana passada. Essa teoria surgiu a partir de um trecho de uma música da Kesha, THE ONE, lançada recentemente. O trecho da música é o seguinte:


"I'm comin' home tonight / It's been a long run to say goodbye / And now I know that it can't be broken / I finally found the love (I found the love) / Baby, I'm the one."


Traduzindo:


"Estou voltando pra casa hoje à noite / Foi uma longa jornada pra me despedir / E agora eu sei que isso não pode ser quebrado / Finalmente encontrei o amor (encontrei o amor) / Amor, eu sou a única."


Como uma luz se acendendo na minha cabeça, após escutar esse lançamento, eu tive esse lampejo: Agora que eu sei, agora que eu finalmente percebi que, ele não pode mais me atingir, eu finalmente entendi que eu estou livre.

Eu entendi que durante esse tempo todo em que estava procurando preencher a parte que me faltava, o medo de não estar completo - de ainda não ter percorrido uma longa distância ou de ainda não ser o suficiente - era o que me impedia de olhar para trás e ver o tanto que já havia avançado, de enxergar todo o meu progresso. O que eu tinha era medo. E foi enfrentando esse medo que eu percebi que não existia um monstro debaixo da cama, que o poder que ele tinha sobre mim não passava de uma ilusão.


E nesse momento, cara a cara com ele, eu me questionei internamente com a seginte lergunta:Quando foi que a minha opinião havia deixado de ser tão importante? Quando foi que eu passei a precisar de uma validação externa para seguir em frente ?

Eu não precisava que ele se desculpasse e reconhecesse o tanto de "besteira" que ele havia feito. Ou que ele soubesse o quanto eu havia sofrido. Eu já sabia disso!


Eu sei o que ele me causou. Eu sei que ele me traiu. E eu sei o quanto de sofrimento eu tive que suportar para chegar do outro lado. Eu não preciso da validação dele para poder seguir em frente. Então, pra que eu estava esperando algo dele para então ter a minha opnião aceita ? Nesse momento a carta do Sol fez o total sentido pra mim, eu entendi que naquele exato momento eu havia retornado ao centro do meu próprio universo.


Estar ali frente a frente e perceber que eu sequer o reconhecia, constatar que eu sequer fiquei com o coração gelado ou fortes palpitações, me fez acordar. Eu estava preso em um ciclo mental, e o medo de encarar o meu ex, e do que esse encontro poderia me causar sentimentalmente, era tão grande, que eu não percebi que já não sentia mais tanto por ele quanto antes. Percebi que não havia gaiola, apenas o medo de voar.


E tem uma coisa que precisa ficar muito clara. Muito se fala sobre superação, amor-próprio, se priorizar, necessidade de validação... Mas saber disso não faz diferença se você não sentir. Entende? Você precisa sentir isso, saber dentro do seu íntimo que essa mudança está acontecendo. E é disso que eu estou falando: eu SINTO, dentro de mim, pela primeira vez em quatro anos, essa mudança. Eu sinto que estou completo, que o controle da minha vida está na minha mão.


Eu já havia sentido isso antes, antes de conhecer ele. Porém, depois que ele entrou na minha vida, aos poucos eu fui deixando de sentir. Apesar de saber toda essa teoria, eu não conseguia achar essa sensação, essa... (eu não sei como descrever) esse "Eu" interno. Essa vontade de sair da cama e sapenas ser, e viver a vida. Porque, até então, eu só queria viver a vida dele — todo o meu dia era pautado nele. Mesmo com o término, parecia que tudo ainda girava em torno dele.


Tá mas onde entra a Taylor nisso tudo ?


Ok, agora a história fica um pouco engraçada. Tenho um pequeno relato a fazer:


Recentemente foi o meu aniversário. O importante é, no dia que completei ano teve uma festa na minha cidade. Moro em uma capital pequena desde 2018, e antes de morar aqui eu residia em uma outra capital muito maior. Lá, as festas e a quantidade de atividades e opções de lazer são de uma variedade, e qualidade, incomparável com a atual cidade em que moro.


E essa festa em específico, devido a sua estrutura, é a minha preferida. Justamente por me lembrar muito as que eu ia quando morava na minha antiga cidade. Durante muito tempo eu havia me privado de ir nela por medo de encontrar o meu ex, como já relatei anteriormente (os nove meses sem sair). Creio que devo ter perdido umas três edições. E exatamente no dia do meu aniversário, iria ter mais uma edição dessa festa.


Eu, muito que bem, devido aos últimos acontecimentos e da minha aparente evolução, resolvi ir nessa festa. Obviamente consultei o tarot sobre essa decisão e o conselho que me saiu nas cartas foi o seguinte: Vá. Tenha coragem de se permitir viver essa nova fase. E, quanto ao seu ex, lembre que você não está indo por causa dele — você está indo viver a sua vida. Contanto que mantenha o foco em você e em aproveitar o momento, tudo irá ocorrer bem.


Antes de continuar o relato, tem uma questão que preciso explicar e que foi muito importante para mim, e inclusive é um dos motivos desse relato se mostrar relevante. Nessa festa em específico, tem um único problema que me gerava um pensamento que me causava muita ansiedade: A fila do banheiro.


Explicarei melhor.


Nessa festa, a fila do banheiro masculino costuma ser grande (a maior parte do público são homens, visto que trata-se de uma festa voltado para o público LGGGGBT+) e, como de costume, é muito normal encontrar, perto dessa área, casais ficando. Seja porque estão na fila e aproveitam o tempo para paquerar, ou porquê estão estão esperando o colega — que está na fila — e também aproveitam o tempo ocioso para dar em cima de alguem.

Meio que esse ambiente, nessa festa, se tornou um local onde é comum ver alguns casais se pegar "pesado". Beijos longos, com muita mão boba e afins... Não ocorre nada explícito, ou pornográfico. Mas a cena é a mesma, casais enconstados nas paredes (por longos períodos) se beijando e sendo salientes. Acho que consegui explicar o mini evento.


Logo, o meu maior medo nessa festa era o seguinte: ir até o banheiro e acabar encontrando o meu ex na parede com outro menino fazendo essa "saliência”. E essa imagem, ou possibilidade, acabou me assombrando por duas semanas. Mesmo estando mais resiliente, eu só havia tido até então um único encontro frente a frente, e apesar de sim, estar sentido uma mudança interna. A possibilidade de um reencontro mexia comigo.


Pensamentos como: Será que realmente estou pronto para ver ele ficando com outros ? Será que realmente essa mudança é genuína ? Essa gaiola realmente não existe mais ?


No dia da festa, que também foi meu aniversário, eu suava frio. Meu coração ficou gelado o dia inteiro, minha barriga se espremia... Eu fiquei péssimo, mas, mesmo assim, eu estava decidido a ir e a me divertir. Afinal, eu não estava mais disposto a abrir mão da minha liberdade. Eu queria e estava disposto, se fosse preciso, a sofrer, se isso fosse significar perder o medo que por muito tempo havia me paralizado.


E claro, havia um outro bom motivo me encorajando a ir nessa festa. Um menino que eu queria muito ficar, e que eu sabia que iria estar nessa festa. Ele era a minha “meta” da noite digamos. Eu havia flertado com ele na mesma festa em que eu havia visto meu ex pela ultima vez, e, desde então, coloquei ele como foco. Era divertida a ideia de caçar novamente, e ele, em específico, fazia bem o meu estilo. Então eu fui pensando em me divertir e nessa caçada. Meu mantra enquanto me arrumava era o famoso: vai com medo, mas vai!


Acelerando o relato, cheguei na festa, vi meu ex, o coração não gelou e eu segui a minha atual estratégia, virar as costas e o tirar do meu campo de visão. Tudo parecia ótimo, a não ser por um único detalhe, meu ex estava do lado da minha presa. Mais especificamente, apreciam estar no mesmo grupo. Nessa hora, eu só pensava como o destino era uma wádia. Mas tudo bem, quanto maior a dificuldade, melhor o prêmio. E eu não ia desistir da caçada tão facilmente. Eu não queria chegar até ele devido à proximidade com meu ex. Não que eu me importasse do meu ex perceber que eu estava caçando, mas eu não queria dar motivos para ele falar que eu estava querendo provocar ou ficando com alguém na frente dele de propósito.


Acelerando novamente, terminou que um amigo foi em lugar perguntar se a "presa" tinha interesse em ficar comigo (não sei um jeito melhor de me referir, e criar nomes fakes me parece estranho, então vamos apenas seguir nessa linha de raciocínio). Para minha felicidade o sinal havia sido positivo. Nessa hora eu fiquei extasiado, a única questão, a partir desse momento, passou a ser como realizar a proeza sem que meu ex percebesse (tudo só deixava esse jogo mais excitante). A estratégia era: esperar ele se separar do meu ex, uma vez que o visse longe do bando iria com tudo pra cima. Mas para minha infelicidade, nada disso ocorria. Ambos continuaram no mesmo local e eu já estava ficando impaciente - e prestes a ir com tudo ali mesmo.


Acelerando mais um pouco, determinado momento, meu amigo que estava me acompahando quis ir ao banheiro e pediu para que eu o acompanhasse. Não preciso dizer que, nessa hora, a ideia de topar com meu ex se agarrando na parede veio como um tiro na minha mente. Eu não queria checar se ele estava ou não na pista de dança antes de ir, pois eu não queria que a presença dele fosse um fator limitante. Eu estava determinado a enfrentar esse medo, e lidar com qualquer que fosse a situação que por ventura eu pudesse me deparar. E havia outras duas coisas que me deram coragem: o conselho do tarot de não deixar que ele (ou a ideia dele) interferisse na minha noite, e o fato de que, devido a esse medo, eu evitava ao máximo ir ao banheiro — e eu estava apertado para um kct.


E eu juro que eu não acreditei no que vi quando cheguei no famigerado corredor de mais de 10 metros de comprimento por 5 metros de largura - que ficava antes da entrada dos boxes. Simplesmente, paradinho de costas, estava o meu prêmio, meu presente de aniversário. E fico muito feliz em dizer que quem ficou pregado uns bons minutos naquela f*** parede, dando um sarro de respeito (e muito saliente)... Fui eu! E eu só parei porque minha bexiga estava estourando. Eu acho que ficamos uns 10 minutos — ou mais — nos beijando e tendo tudo o que eu tinha de direito.


Depois disso, eu só encontrei meu amigo e disse a ele o medo que eu estava de ver meu ex ali, e que, no final, além disso não ter acontecido, fui eu quem havia realizado a proeza. E, cara, eu não paro de pensar em como eu ainda ficava colocando ele sempre na posição de ameaça e eu na posição de vítima. Eu fiquei duas semanas com pesadelos, e havia passado o dia do meu aniversário inteiro com mal-estar por pensar que ele seria a pessoa que iria se esbaldar e eu o desafortunado que ficaria vendo tudo de camarote.


Depois disso, foi só sucesso. Fiquei com o menino mais vezes, porque, cara... que beijo bom. Sério, o universo patrocinou, eu estava precisando disso. Claro que nesses nove meses eu havia ficado com outras pessoas — inclusive no dia anterior à festa. Mas aquele beijo tinha sido o melhor (porque não foi só beijo, né? kkkkk). Mas enfim. Eu fui feliz.


Durante toda a festa, procurei ao máximo evitar ficar com qualquer pessoa que estivesse perto do meu ex, ou no campo de visão dele. Como eu disse, eu não queria provocar, ou dar qualquer tipo de revés. Até porque eu acredito que tudo que a gente emana volta triplicado. E de problemas, a minha vida já está saturada. Como havia dito, não queria dar motivos para ele falar que eu estava fazendo algo de propósito. Inclusive, deixei de beijar umas bocas por causa disso.


Mas o acaso é uma energia engraçada e independente, e quando ele age não tem o que se fazer. No final da festa, eu acabei ficando com minha presa de novo. A festa era open bar, eu já estava mais pra lá do que pra cá, e não sei como, acabou que todo mundo ficou perto (eu, meus amigos, meu ex e o meu presente). A música havia parado, a festa acabado, e, sem eu perceber os papéis haviam se invertido, a presa virou caçador e veio até mim. Eu não sei, de verdade, se meu ex viu, porque eu realmente estava muito bêbado e eu não beijo de olho aberto. Também não queria recusar e me afastar, ou esquivar do beijo, pois eu já estava certo na minha decisão de não permitir que a presença do meu ex afetasse minha diversão (apesar de eu mesmo ter evitado algumas vontades durante à noite), então eu apenas me permitir viver. Sem falar que não queria ter que explicar a questão toda sobre meu ex, e isso poderia estragar uma possivel ficada no futuro.


Depois de um curto tempo o segurança da festa, que eu não percebiq ue estav perto, chama a nossa atenção e pede para que eu e o meu ficante nos dirigíssimos até a saída da festa, pois eles já estavam fechando o local. Para minha surpresa, só restávamos praticamente nós no local — o resto do pessoal já havia saído e estava se dirigindo para a saída. Não preciso dizer que, nesse ponto, o fogo estava alto, e a gente saiu se pegando de dentro da festa até o lado de fora. Eu prendi o menino contra uma mureta do lado de fora e fiquei em cima dele por, sei lá, muito tempo. Ele era tão quentinho, beijava bem... nossa, fui feliz mais uma vez.


Tá, e onde entra o acaso nisso tudo?


Meu amigo, que estava do lado de fora me esperando para ir embora, me contou quando acordei no dia seguinte que, nessa hora em que a gente saiu se beijando e nos pregamos no muro, meu ex estava atrás de mim, esperando o Uber chegar, e viu tudo de camarote. Virou o rosto e ficou tentando ignorar.


O mais engraçado (se assim posso dizer) é que eu não fazia a menor ideia, porque eu não o tinha visto quando saí, e muito menos enquanto estava "sendo feliz" — porque ele estava atrás de mim, pelas minhas costas.


Eu não sei se o meu ex ficou mal ou não. Se isso incomodou ele ou não, o que ele sentiu ou deixou de sentir. Eu não tenho contato e nem quero saber o que se passou na cabeça dele. Eu literalmente estou há dez meses isolado dele e pretendo continuar assim. Quando descubro algo, é por conversas aleatórias, mas não procuro saber de nada. Mas não tem como eu não pensar o quão cômico foi. E como o tarot, de novo, acertou: eu só precisava focar na minha vida e na minha diversão, que, no final, a noite seria tranquila e tudo daria certo.


Claro, o tarot não quis dizer que "dar certo" seria ele me ver com alguém, mas sim o fato de que eu iria me divertir e não teria nenhum tipo de intercorrência negativa. Afinal, eu fui para uma festa solteiro, querendo paquerar e ser paquerado. Era meu aniversário, e eu queria ter uma noite boa com meus amigos, dançar, beber e me sentir vivo de novo. Em especial numa festa que era muito importante para mim, porque me fazia lembrar dos momentos que eu havia vivido em parte da minha adolescência (hoje tenho 30 anos). Então foi muito divertido. Principalmente essa parte final com meu ex esperando o Uber. Não consigo não rir quando paro pra pensar.


Mas, para mim, o que importa mesmo é que foi a melhor ficada que eu tive em dez meses. Não pela exibição, mas porque o menino realmente beijava bem, a pegada foi boa, ele era agradável demais e a entrega foi boa. Eu havia ficado com outras pessoas em que o dente batia, ou em que o beijo era bom mas eu não sentia liberdade de dar aquela mão boba ou coisas do tipo. E ainda mais nesse contexto, depois de ter passado pela tortura que eu vivi por achar que poderia enfrentar alguma situação desconfortável.


E por isso eu coloquei o nome dessa música como título: "Olhe o que você me fez fazer", não apenas pela tradução literal, mas também pela letra da música como um todo. Porque, de fato, isso não era algo que eu queria fazer — dar o troco ou atingir ele. Mas, de certa forma, muita coisa da minha vida vem mudando, e sinto que muitas atitudes que venho tendo foram, de certa forma, influenciadas por ele: sair, paquerar, ficar com outras pessoas. Afinal, meu desejo sempre foi estar com ele (meu ex), namorando e dividindo experiências. Nunca que imaginei que um dia eu iria passar por essa situação.


Eu ainda fico mal em alguns momentos, como eu mesmo relatei — no dia da festa eu fiquei extremamente desconfortável. Mas eu sinto que estou ficando meio casca grossa, apesar de não parecer, sinto que cada dia que passa fico mais resiliente. Já é a segunda vez que eu o encontro em algum lugar, e sinto que a minha presença o incomoda mais do que eu me incomodo com a dele. Não sei, pode ser apenas coisa da minha cabeça.


Mas eu me sinto, às vezes, sendo essa pessoa que está nessa posição da Taylor: "tá vendo o que você me obrigou a fazer? Tudo por conta do seu joguinho sujo!" E não só nessa questão de ficar com pessoas — outras coisas estão mudando na minha vida. Algumas metas que, antes, eu não conseguia realizar, e que agora estou alcançando. Metas essas que de alguma forma podem deixa-lo desconfortável (se ele de alguma maneira ainda sentir algo por mim). E eu tô realmente surpreso. Isso inclusive me faz pensar se a vida não o botou no meu caminho pra que isso tudo estivesse se movimentando agora.


De verdade, eu sinto que o antigo "Eu" morreu, e que algo diferente está nascendo aqui dentro. Espero que não seja algo tóxico. Mas eu sinto que algo está saindo — às vezes eu fico feliz, e às vezes apreensivo. Mas toda mudança assusta. E o tarot já havia me avisado que eu iria passar por uma mudança radical devido a esse término. Afinal, já são quatro anos nesse processo. Eu nem sequer me lembro direito de como eu era antes desse relacionamento. Eu só sei que eu me destruí nele, e agora estou me reconstruindo em algo diferente. Afinal, depois de toda grande derrota, nunca voltamos a ser o mesmo de antes (lembra o que já vimos no 3 de espadas ?).


Uma coisa é certa, depois de cada momento difícil, a vida da um jeito de nos deixar mais fortes. E se for preciso ela engrossa o caldo, e te derruba sem pena, até ter certeza que a lição foi aprendida - e devo dizer que o meu caldo foi engrossado com gosto!


Eu venho escrevendo de maneira mais informal, sinto que pensando menos na qualidade gramatical a qualidade literária melhora. E a escrita flui de maneira acelerada (e claro, tenho uma leve preguiça de voltar e fazer uma revisão detalhada). Peço desculpas por isso, mas espero que a mensagem tenha sido passada.


Na imagem, O Sol do Forest Of Enchantment Tarot.

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